ESTILO MARK ZUCKERBERG
DE ADMINISTRAR: LIÇÕES DO FACEBOOK PARA AS EMPRESAS
Prof. Dr. Felipe Chibás
Ortiz
“A
nossa missão é dar às pessoas o poder de partilhar e tornar o mundo mais aberto
e conectado.”
Mark
Zuckerberg
Hoje, Mark Zuckerberg está na capa de diversas revistas, o Facebook (o
“filho” criado por ele) é alvo de constantes debates dentro e fora da Internet
e existe até um filme - "A rede social" - que conta parte da sua
história. Mesmo assim, poucas vezes se faz uma reflexão um pouco mais
aprofundada sobre o que realmente podemos aprender com o exemplo de um dos
maiores empreendedores deste século. Aqui, tentaremos fazer uma primeira
tentativa nessa direção.
Ele fundou o Facebook em 2004, junto a outros colegas. Entre eles,
Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes, quando eram estudantes da
Universidade de Harvard. No ano de 2010, foi nomeado pela revista Time como
a Pessoa do Ano. Em março de 2011, a revista Forbes colocou Zuckerberg
na 52ª posição da lista das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna
estimada em 13.5 bilhões de dólares.
Quem diria que um garoto de vinte e poucos anos estaria ditando as regras da
administração sem manuais, sem teoria, sem alunos e seguidores formais? Ele
chega com sua juvenil equipe para quebrar sólidas crenças numa época em que, há
bem pouco tempo, predominavam os gurus da Administração com suas estratégias,
técnicas e formas específicas de analisar o mercado, bem como de se obter
sucesso empresarial mediante regras e manuais prontos.
Este garoto programador com sua prática - mais do que com discursos, textos
complicados, etc. - nos faz compreender e olhar o mundo de maneira diferente,
assim como também começar a olhar a administração por outro ângulo: mais
objetivo e ajustado ao momento e contexto atual.
Ele quebrou paradigmas estabelecidos, como os de que para se ter sucesso se
deve ter X idade, investir um Y e adotar uma estratégia e estrutura empresarial
Z. Mas, não se engane: Mark não é apenas um
programador obcecado com softwares. Ele também estudou Psicologia, e na escola Ardsley High School teve grande
destaque em arte e cultura
clássicas. Foi transferido para a Phillips Exeter Academy, onde ganhou
vários prêmios em ciências como a astronomia, matemática e física.
Nos estudos clássicos, Mark aprendeu a ler e escrever em francês, hebraico, latim e grego
antigo, e ainda pertenceu a equipe de esgrima. Na faculdade, era conhecido por
recitar versos de poemas
épicos como a Ilíada.
Mas vejamos algumas das lições que podemos tirar do exemplo de vida, da prática
cotidiana e da forma de operar e crescer do Facebook, filho natural,
deste jovem rapaz:
·
Novo paradigma da gestão: Uma
forma de administrar mais descontraída, exigente, com foco em resultados, mas
muito mais flexível para procurá-los por diferentes vias e sobretudo se
apoiando nas novas tecnologias com ênfase na cibercultura para atingir
seus objetivos.
·
Sonhe alto: O fundador e
seus seguidores, mesmo quando começaram com poucos recursos, sempre pensaram
num mundo sem limites, sonharam alto e com visão de futuro.
·
Não é necessário tanto planejamento: As
bases do Facebook foram lançadas durante uma noite. Claro, depois
este programa inicial se modificou, cresceu e evoluiu. Mas seu surgimento
inicial não foi fruto de uma grande análise estratégica.
·
Renovação constante: Aqueles
que são usuários do Facebook sabem como constantemente o site
está fazendo atualizações e oferecendo novos serviços aos seus clientes.
·
Criatividade e mais criatividade:
Utilização criativa de poucos recursos. Lembremos de como se iniciou o site
Facebook (com escassos recursos) e como aos poucos, com muita
criatividade, foram se expandindo através de diversas alianças.
·
Rapidez de resposta:
Sempre se tenta dar uma resposta imediata às demandas dos usuários do Facebook.
·
Alianças estratégicas para crescer: Os
fundadores partiram do princípio de crescer sem vender o negócio. Para isto,
fizeram diversas alianças: primeiro com empresas do setor e há bem pouco tempo,
com o próprio Google.
·
Internet, espaço de competição: Existem
claras estratégias e a vontade de superar os concorrentes atuais tais como o Orkut,
Google, etc.
·
Metas de elevado desempenho: Sempre
se requer da equipe superar o resultado anterior. Regras flexíveis para
crescer, mas norma rígidas com a equipe interna.
·
Diversão como fonte de negócios: No
Facebook, você pode não apenas comprar ou vender nas suas lojas, como
também ganhar promoções nas páginas de empresas e restaurantes, ficar por
dentro de eventos e conhecer outros empreendedores, investidores, etc. para seu
negócio, tudo de forma divertida, se relacionando informalmente sem um foco
direto em trabalho, como que se tratasse de alguém que se apresenta e conhece
pessoas numa festa.
·
Amigos lucrativos: Amigos
em rede e contato constante. Os amigos podem também ser fonte de ingressos.
Hoje se fala em outras redes sociais que diretamente remuneram a quem incorpora
pessoas ou amigos, tais como a Socyer, PFplace e Klikot, entre outras.
Também se fala bastante em Marketing multinível como forma de vendas também
utilizando os colegas, conhecidos e amigos, estruturando toda uma escada de
vendas. Os grupo e redes de amigos reais ou virtuais podem ser fontes de
ingressos também no Facebook, através da compra direta de produtos nas
lojas do Facebook (novo serviço) que recentemente o site passou a
disponibilizar.
·
Marketing não tradicional: O
chamado Marketing viral acontece todo dia na rede Facebook. Mesmo sem
postar um link patrocinado, banner ou anúncio de vendas, se a
informação resulta interessante e relevante para os seus amigos, eles a
“compartilham” com seus respectivos amigos. Assim, uma informação, foto, charge
ou frase pode dar a volta ao mundo em questão de minutos. É uma maneira
agradável de divulgar um trabalho. Têm mais peso no Facebook as opiniões
positivas dos clientes que um anúncio ou link patrocinado pago por uma
empresa para divulgar seus produtos.
·
Pesquisa por vias não tradicionais: Os
questionários e entrevistas, e a tradicional prancheta e lápis que usavam os
pesquisadores nos supermercados ficaram para trás. Significa que quem quiser
ter mais amigos, clientes, pacientes, alunos etc. no Facebook e dominar
o mercado, deverá fazer mais pesquisas utilizando os mecanismos que essa rede
proporciona dada a rapidez das mudanças do gosto dos internautas. Para gerir
com sucesso uma rede ou negócio, hoje é imprescindível utilizar-se de vias e
indicadores não tão tradicionais como são o número de acessos a determinadas
páginas do site ou número de amigos e curtidores de uma determinada
postagem na sua página no Facebook.
·
Transparência e Xeretagem autorizada:
Devido à disseminação de sensores cada vez mais inteligentes nos telefones
móveis que podem acessar o Facebook, as pessoas serão capazes de – e
estarão cada vez mais dispostas a – difundir informações a respeito de onde
estão e do que estão fazendo, para ajudar a aprimorar produtos e
serviços. Aliás, as pessoas podem postar no Facebook suas fotos
comprando ou degustando um produto ou serviço, assim como deixar sua opinião à
respeito e todo mundo, literalmente, pode acessá-las.
· -
Visualizar mais do que apenas falar ou escrever:
Percebe-se no Facebook, assim como em outras redes de relacionamento,
que se privilegia muito mais o visual do que a palavra escrita. A ideia por
trás disso é de agradar a uma nova geração que foca mais a imagem do que os
códigos escritos. A chamada geração Z é mais visual e não pretende ler tanto,
mas sim sentir , viver experiências sensoriais positivas (visuais, musicais,
etc.)
· -
Novo paradigma de educação: É
possível aprender com os amigos, de forma divertida, informal. A longo
prazo, as redes sociais também questionarão o paradigma tradicional da
educação, onde se tem alguém que sabe (o professor) e todos os demais que não
sabem (os alunos). No novo paradigma criado a partir das redes sociais, todos
são alunos e professores ao mesmo tempo. Demonstra também que pode se aprender
brincando.
· -
Entender as necessidades humanas: Uma
das grandes sacadas do Facebook é entender que ninguém quer estar
sozinho. Todos querem se relacionar, ter amigos. A humanidade quer se
relacionar. Entender e oferecer uma forma prática de concretizar essa
necessidade profundamente humana é um dos triunfos do Facebook. Por
isso, o Facebook é um algo em constante transformação: uma
transformação gerada não apenas por seus criadores, mas também pelo mercado,
pelo público integrante, pelos amigos que vão interagindo e pedindo.
·
Comunicação como relacionamento em rede: Outro
de seus triunfos é ter proporcionado um mecanismo de relacionamento que permite
que ele aconteça de forma simultânea com várias pessoas. Quer dizer, propicia a
formação de grupos com interesses comuns e não apenas os relacionamentos em
dupla ou trios, etc. É possível crescer geometricamente em número de amigos.
·
Cibercultura
Facebook: Todos os elementos anteriores nos levam a este
último item, que significa que a partir de todas essas novidades se criou
"um mundo Facebook", com seus códigos próprios, jargões,
regras, comportamentos esperados, etc. Só para ilustrar, lembremos das ações
que se tornaram populares, como "curtir" e "compartilhar",
não apenas nesta rede social, mas em todo o ciberespaço e mesmo fora dele. Esta
é uma nova forma de estar na Internet: mais acessível, interativa e divertida.
Em suma, uma cultura ou tribo diferente dentro das outras mídias sociais.
Estamos numa nova fase do desenvolvimento dos negócios: é a era dos negócios
virtuais ou na Internet. Hoje existem grupos, redes, empresas que não existem
fisicamente e estão apenas na Internet. Também os que surgiram lá e depois
migraram para o físico, ou as que existiam fisicamente e aos poucos foram
entrando no espaço digital. Mas seja lá qual for o caso em que se encontre seu
negócio, grupo, rede, empresa, organização, clínica, hospital, loja ou
restaurante, não dá para negar as lições que o criador do Facebook e sua
nova forma de gestão virtual trazem.
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