quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Marketing online e Mídias Sociais - WORKSHOP 8hs

Esta chegando o curso. Participem!!!


terça-feira, 11 de outubro de 2011

STEVE JOBS: LIÇÕES PARA AS EMPRESAS E OUTROS NEGÓCIOS


Autores: Prof. Dr. Felipe Chibáse  Dra. Claudia Firmino, consultores ediretores da Perfectu
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço paraevitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Nãohá razão para não seguir seu coração."  Steve Jobs
Não dá para falar da época atual e todas as mudanças que estão acontecendo sem sereferir a dois nomes: Steve Jobs e Bill Gates. Nenhum dos dois se formaram, grandesfazedores, inventores e empreendedores, não ficaram apenas falando ouelaborando grandes teorias, simplesmente fizeram. Partiram para a briga efizeram. Fundadores de grandes impérios da computação, considerados como osinventores dos computadores modernos e com uma “amizade” polemica entre si,fizeram acontecer trabalhando primeiro em seus modestos escritórios e criando depoistoda uma enorme infra-estrutura, provocando dessa forma toda uma onda demudanças nas nossas vidas que hoje todos aceitamos como normais e até imprescindíveis.
Mediga quem não usou um computador com o Windows ou não botou a mão numMacintosh? Quem não digitou um texto qualquer no Word ou não manipulou ou pelomenos viu e leio nos jornais sobre o iPhone,  o celular do presente e do futuro? Muitas das outrasnovas tecnologias que hoje desfrutamos e outras que viram cada vez com maiorforça como a integração das mídias (Internet, TV, rádio, celular, etc.) seassintam em invenções feitas por esses empreendedores.
Mas falemos mais especificamente do recentemente desaparecido Steve Jobs, um dosfundadores da Apple, criador de diversos softwares e aplicativos doscomputadores Macintosh, do iPhone, o iPod e o iPad, entre outros maravilhosos“brinquedos”que muitos utilizam cotidianamente. Antes do que mais nada devemoster um olhar objetivo, sabendo que foi um ser humano com defeitos e virtudes. Steve Jobs fundou a Apple em 1 de abril de1976, junto com Steve Wozniak e Ronald Wayne.
Poderíamosanalisar alguns dos ensinamentos que sua trajetória e invenções deixam paraaquelas pessoas e negócios que desejam crescer na época e contexto atuais, ondetudo muda tão rapidamente. Algumas dessaslições que nos deixo são:
1.  Liderançavisionária: Tentar enxergar o futuro estrategicamente, ver o que pode elenos deparar em termos de oportunidades que possam ser aproveitadas para osnegócios. Pensar em produtos e serviços que ainda não existem mas que poderiam satisfazerdemandas latentes. O iPad, surgiu de uma pergunta feita por Steve Jobs numareunião: “por que não existe uma categoria intermediaria de aparelho entre laptop e smartphone?”, segundo relata Carmine Gallo no livro “ A inovação- a arte de Steve Jobs”.
2. Foco em inovação: Ter como estratégia permanentea criação de novos produtos, serviços e formas de serem oferecidos. O iPad é omelhor exemplo disso.
3. Foco no público alvo: Com um público alvodiferente da Microsoft, mais exigente e sofisticado, com produtos contendorecursos mais interessantes para designers, artistas, etc., a Apple sempreinvestiu pesquisando as necessidades do seu público para lançar produtos àaltura, tentando estar sempre um passo a frente, surpreender. Os usuários dosprodutos Apple quase sempre viram advogados defensores da marca.
4. Estratégia de diferenciação: Mesmo quandose trate de produtos que já existiam no mercado, como por exemplo, o celular,os da Apple sempre tem um algo a mais, seja pelo seu design, colorido, ossoftwares e aplicativos que rodam nos equipamentos ou pela forma de elespoderem ser acessados.
5. Fundar uma marca forte: Hoje a Apple, a famosa maça mordida é considerada hoje uma das marcas mais commelhor branding, ou seja não apenasos produtos, senão também a marca Apple é muito bem vista pelo mercado. A Apple é a marcaglobal mais valiosa do planeta segundo o Financial Times, com um valor de US$153 bilhões. Fortalecer o papel institucional da marca e nãoapenas fazer propaganda e publicidade de seus produtos, é outra das lições quenos deixou Steve Jobs. 
6. Investimento em marketing diferenciado: Umbom exemplo disso foi quando fizeram o famoso comercial de televisão, em uma pequena estaçãodesconhecida durante 1984. O custo do comercial foi de 1,5 milhões e só passouuma vez. No mês seguinte, a Apple passou o mesmo anúncio para milhões detelespectadores dessa vez dirigido pelo famoso diretor de cinema Ridley Scott.Esse anúncio é considerado um marco da TV, publicidade e Marketing nos EstadosUnidos.
7. TeamSpirit Work diferente: Não tinha idéias muito ortodoxas sobre otrabalho em equipe. Demitia quando precisava demitir, seguindo rígidas regraspróprias, mas sempre tentou contratar bons executivos, experientes e portadoresde novas idéias e não apenas bons técnicos ou programadores.
8. Investir em ações de relações públicas depoisde entendida a situação: Sempre que era necessário não hesitava ele mesmoir a público, para defender a marca ou seus produtos ou dar uma explicação paramídia sobre a empresa ou alguma situação problemática. Ele próprio era o melhorporta-voz e relações públicas da empresa. Mas antes de fazer nada, estudar bema situação problema. Por isso, às vezes foi criticada a Apple por não ofereceruma resposta imediata.
9.Responsabilidade social inserida nos próprios produtos: Pode se criticarque a Apple e a Steve Jobs por não fazer doações para entidades de caridade,mas também podemos enxergar de outro modo: Não fazer da responsabilidade socialalgo distante, alheio, senão algo inserido nos próprios produtos e serviços oferecidos.Assim produtos como o iPhone 3GS, o iPod touch e o iPad já possuem recursos parapessoas com deficiências visuais que não oferecem outras empresas do setor. Umdos aplicativos criados pela Apple pode mudar a tonalidade da tela, útil paraos que tem baixo grau de deficiência visual. Em outros, uma voz soletra o queestá sendo digitado, funcionando esse aplicativo em mais de 20 idiomas. Estesavanços fizeram que a Apple ganhasse os elogios do cantor Steve Wonder.  
10.Assumir riscos: Tomar decisões, assumir riscos, mas risco calculado, comopor exemplo quando foram vendidas  a Microsofto 40% das ações,com vistas a ganhar tempo e reerguer a empresa, após Steve Jobs voltar atrabalhar na Apple em 1996.  Uma vezconseguido seu objetivo a Apple voltou a comprar suas ações da Microsoft.
11.Persistência: Em 1985, foi afastado pelo conselhode diretores da empresa. No ano seguinte, criou outra empresa do ramo detecnologia, a NeXT. Em 1996, voltou à Apple após 11 anos de afastamento parasalvar a empresa do buraco. Não se deixou amedrontar pelas dificuldades, fundouum novo empreendimento e não abandonou seu sonho, voltando quando foi possívelpara retomar as rendas do negócio e fazê-lo florescer.
12. Lutar até o fim: Em agosto de 2004, Steve Jobs se submeteua uma cirurgia para retirada de tumor maligno no pâncreas. Teve que se afastarduas vezes do cargo por licenças médicas, em 2009 e janeiro de 2011. Mesmovisivelmente debilitado, magro e com passos lentos é possível assistir aosúltimos vídeos de palestras de Steve Jobs, andando pela platéia, falando,deixando sua mensagem, mesmo sabendo que estava perto da morte.
13. Lutar depois do fim: Steve Jobs nosmostrou sua preocupação com deixar um legado na forma de ensinamentos quedeixou nas suas últimas palestras e intervenções para as jovens gerações, assimcomo nos projetos que deixou em andamento. Tinha plena consciência de queestava chegando sua hora final na Terra produto da doença, mesmo assim nãodeixou de trabalhar e falar em público. Mas Steve Jobs nos ensinou que a vidanão acaba com a morte e que a ida do corpo físico é apenas um ritual depassagem. Ele vive e vivira sempre nos ensinamentos e avanços científicos quedeixou para as novas gerações. Não é por acaso que umapesquisa realizada pela organização JuniorAchievement mostrou que Steve Jobs é o empresário mais admirado por jovensamericanos.
Nota:Para  texto didático na integra contatar nossasatendentes Perfectu .
FELIPE CHIBÁS ORTIZ é consultor, psicólogo pelaUniversidade de Havana, Cuba, mestre e doutor pela USP em temas de ComunicaçãoOrganizacional, Relações Públicas e Marketing, especialista em Marketing Diretopela Universidade Alcalá de Henares, Espanha. Palestrante  em diversos congressos nacionais einternacionais. É autor de onze livros publicados em Cuba, Brasil, Espanha,Canadá e México e sócio-diretor da Perfectu Gerenciamento Empresarial,empresa de consultoria que integra o grupo multinacional espanhol deConsultoria e Formação Empresarial Global Estrategias, presente em 15países de quatro continentes. Preside o comitê organizador do I Fórum deDentistas e Profissionais da Saúde Empreendedores.
CLAUDIA FIRMINO DEFREITAS é cirurgiã dentista pela Universidade Metodista, gestora e consultoraodontológica com ampla experiência no mercado. Formada nos cursos deOrtodontia, Reabilitação oral, Estética odontológica, Periodontia. Tem atuadotambém como Professora Assistente de cursos na USP e na Universidade Metodista.Integra o projeto Envelhecer sorrindo pela Universidade São Paulo, programadirecionado ao atendimento na área de Odontogeriatria. É também especialista emDireção de Departamentos de Atendimento e Fidelização do cliente pelaUniversidade Politécnica de Madrid, de Espanha, e sócia-diretora daPerfectuGerenciamento Empresarial. Preside o comitê organizador do I Fórum deDentistas e Profissionais da Saúde Empreendedores.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Morre Steve Jobs, fundador da Apple


Criador da Apple impôs visão de simplicidade no mercado da tecnologia.


Da experiência com drogas às brigas, conheça a trajetória do empresário.

 

Morreu nesta quarta-feira (5) aos 56 anos o empresário Steven Paul Jobs, criador da Apple, maior empresa de capital aberto do mundo, do estúdio de animação Pixar e pai de produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad.
Idolatrado pelos consumidores de seus produtos e por boa parte dos funcionários da empresa que fundou em uma garagem no Vale do Silício, na Califórnia, e ajudou a transformar na maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado, Jobs foi um dos maiores defensores da popularização da tecnologia. Acreditava que computadores e gadgets deveriam ser fáceis o suficiente para ser operados por qualquer pessoa, como gostava de repetir em um de seus bordões prediletos, que era "simplesmente funciona" (em inglês, "it just works"). O impacto desta visão foi além de sua companhia e ajudou a puxar a evolução de produtos como o Windows, da Microsoft.
A luta de Jobs contra o câncer desde 2004 o deixou fisicamente debilitado nos anos de maior sucesso comercial da Apple, que escapou da falência no final da década de 90 para se transformar na maior empresa de tecnologia do planeta. Desde então, passou por um transplante de fígado e viu seu obituário publicado acidentalmente em veículos importantes como a Bloomberg. Há 42 dias, deixou o comando da empresa.
Foi obrigado a lidar com a morte, que temia, como a maioria dos americanos de sua geração, desde os dias de outubro de 1962 que marcaram o ápice da crise dos mísseis cubanos. "Fiquei sem dormir por três ou quatro noites porque temia que se eu fosse dormir não iria acordar", contou, em 1995, ao museu de história oral do Instituto Smithsonian.
"Ninguém quer morrer", disse, posteriormente, em discurso a formandos da universidade de Stanford em junho de 2005, um feito curioso para um homem que jamais obteve um diploma universitário. "Mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá. E, por outro lado, a morte é um destino do qual todos nós compartilhamos. Ninguém escapa. É a forma como deve ser, porque a morte é provavelmente a melhor invenção da vida. É o agente da vida. Limpa o velho para dar espaço ao novo."
Homem-zeitgeist
A melhor invenção da vida, nas palavras do zen-budista Jobs, deixa a indústria da tecnologia órfã de seu "homem-zeitgeist", ou seja, o empresário que talvez melhor tenha capturado a essência de seu tempo. Jobs apostou na música digital armazenada em memória flash quando o mercado ainda debatia se não seria mais interessante proteger os CDs para fugir da pirataria.
Ele acreditou que era preciso gastar poder computacional para criar ambientes gráficos de fácil utilização enquanto as gigantes do setor ainda ensinavam usuários a editar o arquivo "AUTOEXEC.BAT" para configurar suas máquinas. Ele viu a oportunidade de criar smartphones para pessoas comuns ao mesmo tempo em que o foco das principais fabricantes era repetir o sucesso corporativo do BlackBerry.
Sob o comando de Jobs, a Apple dizia depender muito pouco de pesquisas de mercado. “Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido", afirmou, em entrevista à revista "Fortune" em 2008. Em 2010, quando perguntado sobre quanto a Apple havia gasto com pesquisa com consumidores havia sido feito para a criação do iPad, Jobs respondeu que "não faz parte do trabalho do consumidor descobrir o que ele quer. Não gastamos um dólar com isso."
Home da Apple (Foto: Reprodução)Na página da Apple, foto em homenagem ao 
fundador (Foto: Reprodução)
Nem sempre esta habilidade garantiu o sucesso da Apple, como na primeira versão da Apple TV, computador adaptado para trabalhar com central multimídia que não conseguiu um volume de vendas relevantes. Mas Jobs conseguia minimizar os fracassos: no caso da Apple TV, ele dizia que se tratava de um "hobby", um projeto pessoal que não fazia tanta diferença nos planos da empresa.
Perfeccionista e workaholic, Jobs gostava de controlar todos os pontos da produção da Apple, resistindo, inclusive, à decisão de terceirizar gradativamente a fabricação dos produtos da companhia para fabricantes chineses - plano proposto e executado pelo agora novo comandante da companhia, Tim Cook, e que se mostrou acertado.
Conhecido como um “microgerente”, nenhum produto da Apple chegava aos consumidores se não passasse pelo padrões Jobs de qualidade e de excentricidade. Isso incluía, segundo relatos, o número de parafusos existentes na parte inferior de um notebook e a curvatura das quinas de um monitor. No dia do anúncio de que Jobs estava deixando o comando da Apple, Vic Gundotra, criador do Google Plus, contou que recebeu uma ligação do presidente da Apple no domingo para pedir que fosse corrigida a cor de uma das letras do ícone do atalho do Google no iPhone.
Na busca por produtos que fossem de encontro com seu padrão de qualidade pessoal, Jobs era criticado em duas frentes. Concorrentes e boa parte dos consumidores que tentavam fugir da chamado "campo de distorção da realidade" criado pela Apple reclamavam das diversas decisões que faziam dos produtos da companhia um "jardim fechado", incompatíveis com o resto do mundo e restritos a normas que iam além de restrições tecnológicas. Tecnicamente sempre foi possível instalar qualquer programa no iPhone, mas a Apple exige que o consumidor só tenha acesso aos programas aprovados pela companhia.
Internamente, entre alguns de seus funcionários, deixou a imagem de "tirano". Alan Deutschman, autor do livro “The second coming of Steve Jobs", afirma que, ao lado do "Steve bom", o mago das apresentações tão aguardadas pelo didatismo e capacidade de aglutinar o interesse do consumidor, também existia o “Steve mau”, um sujeito que gostava de gritar, humilhar e diminuir qualquer pessoa que lhe causasse algum tipo de desprazer.
Steve Jobs anunciou que deixará cargo de presidente da Apple (Foto: Reuters)Steve Jobs durante apresentação de produto
da Apple nos EUA (Foto: Reuters)
Ao jornal “The Guardian”, um ex-funcionário que trabalhou na Apple por 17 anos comparou a convivência com Steve com à sensação de estar constantemente na frente de um lança-chamas. À revista “Wired”, o engenheiro Edward Eigerman afirmou: “mais do que qualquer outro lugar onde já trabalhei, há uma grande preocupação sobre demissão entre os funcionários da Apple”. A mesma publicação contou que o diretor-executivo não via problemas em estacionar sua Mercedes na área da empresa reservada aos deficientes físicos -- às vezes, ele ocupava até dois desses espaços.
Jobs também sempre precisou de um "nêmesis", um inimigo que ele satanizava e ridicularizava em público como contraponto de suas ações na Apple. O primeiro alvo foi a IBM, com quem disputou o mercado de computadores pessoais principalmente no início dos anos 80. Depois, a Microsoft, criadora do MS-DOS e do Windows. Mais recentemente, Jobs vinha mirando o Google, gigante das buscas na internet cujo presidente chegou a fazer parte do conselho de administração da Apple, e que investiu no mercado de sistemas para smartphones com o Android. Jobs ordenou que a Apple lutasse, mesmo que judicialmente, contra o programa que ele considerava um plágio do iOS, coração do iPhone e do iPad.
Steve Jobs (Foto: Kimberly White/Reuters)Steve Jobs (à direita), ao lado do antigo sócio
Steve Wozniak (Foto: Kimberly White/Reuters)
Do LSD ao Mac
O sucesso empresarial de Jobs é ainda um dos principais resquícios da transformação da contracultura dos anos 60 e 70 em mainstream nas décadas seguintes. A companhia que hoje briga para ser a maior do mundo foi fundada após Jobs ir à Índia em 1973 em busca do guru Neem Karoli Baba. O Maharaji morreu antes da chegada de Jobs, mas o americano dizia que havia encontrado a iluminação no LSD.
"Minhas experiências com LSD foram uma das duas ou três coisas mais importantes que fiz em minha vida", disse, em entrevista ao "New York Times". Depois, afirmou que seu rival, Bill Gates, seria "uma pessoa (com visão) mais ampla se tomasse ácido uma vez". O LSD foi a mesma droga que fascinara o inventor do mouse e precursor do ambiente gráfico, Douglas Englebart, cerca de dez anos antes de Jobs.
Coincidentemente foram o mouse e o ambiente gráfico os inventos que chamaram a atenção de Jobs na fatídica visita ao laboratório da Xerox em Palo Alto, em 1979. É uma das histórias mais contadas e recontadas do Vale do Silício, e as versões variam entre acusações de espionagem industrial à simples troca pela Apple de patentes que a Xerox não teria interesse em desenvolver por ações da companhia, que abriria seu capital no ano seguinte.
Fato é que a equipe de Jobs voltou da visita encantada com a metáfora do "desktop" utilizada pelo Xerox Alto. A integração entre ícones representando cada uma das funções do computador, acessadas por meio de uma seta comandada por um mouse, foi a base do Apple Lisa e, posteriormente, do Macintosh.
Steve Jobs (Foto: Robert Galbraith/Reuters)Steve Jobs, em uma das últimas aparições à frente
da Apple (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
Com o "Mac", enfim, Jobs conseguiu colocar em prática a visão de que havia desenvolvido em parceria com o amigo e sócio Steve Wozniak, responsável pela criação das soluções técnicas que fizeram dos primeiros computadores da Apple máquinas que mudaram o cenário da computação "de garagem" que vinha se desenvolvendo nos Estados Unidos nos anos 70. Agora, 8 anos após a fundação da empresa, Jobs e "Woz" apresentavam um computador que não era feito para "o restante de nós".
"Algumas pessoas acreditam que precisamos colocar um IBM PC sobre cada escrivaninha para melhorarmos a produtividade. Não vai funcionar. As palavras mágicas especiais que você precisa aprender são coisas como 'barra Q-Z'. O manual para o WordStar, processador de texto mais popular, tem 400 páginas. Para escrever um livro, você precisa ler um livro - e um que parece um mistério complexo para a maioria das pessoas", afirmou Jobs em entrevista publicada pela Playboy americana de fevereiro de 1985.
Na frase, Jobs demostra que queria enfrentar a IBM, gigante nascida no início do século e que, depois de dominar o mercado de servidores corporativos, queria tomar também o setor de computadores pessoais. Para ele, as máquinas da IBM eram feitas "por engenheiros e para engenheiros", e havia a necessidade de criar algo para o "restante", ou, como diria a famosa campanha "Pense diferente" da Apple de 1997, um computador para "os loucos, os desajustados, os rebeldes (..), as peças redondas encaixadas em buracos quadrados".
Saída da própria empresaMas o sucesso do Mac - que viria posteriormente a impulsionar a adoção de ambientes gráficos até mesmo entre os computadores da IBM (com o Windows, criado pela Microsoft) - não evitou que Jobs acabasse demitido de sua própria companhia. As disputas internas entre equipes que queriam investir no mercado corporativo e as que apostavam apenas no consumidor fizeram com que John Sculley, vindo da Pepsi à convite do próprio Jobs, convencesse o conselho de administração de que era hora da empresa se livrar de seu fundador.
Steve Jobs (Foto: Kimberly White/Reuters)Steve Jobs com seu sucessor no comando da
Apple, Tim Cook (Foto: Kimberly White/Reuters)
Durante a década em que esteve fora, Jobs fez dois investimentos que acabaram, de maneiras diferentes, alavancando o mito em torno de seu "toque de midas". No primeiro, pagou US$ 10 milhões pela problemática divisão de computação gráfica da LucasFilm, empresa de George Lucas responsável por franquias do cinema como Star Wars e Indiana Jones. A nova empresa foi batizada de Pixar, e após emplacar sucessos como “Toy story”, “Vida de inseto”, “Monstros S.A.” e “Procurando Nemo”, acabou sendo adquirida pela Disney por US$ 7,4 bilhões em 2006. No processo, Jobs se transformou no maior acionista individual da companhia de Mickey Mouse.
O outro investimento foi a semente não apenas do retorno de Jobs à Apple, mas teve relação direta com o surgimento da World Wide Web, invenção que impulsionou o crescimento da internet no mundo. Com a NeXT, Jobs desenvolveu computadores poderosos indicados para o uso educacional e desenvolvimento de programas. Um terminal NeXT foi usado por Tim Berners-Lee como o primeiro servidor de web do mundo, em 1991. Em dezembro de 1996, a Apple adquiriu a NeXT, manobra que serviu para incorporar tecnologias ao grupo e trazer Jobs de volta para o comando da companhia.
O retorno de Jobs marca o início de uma era de crescimento para a Apple incomum na história do capitalismo americano. A sequência de sucessos - alguns atrelados a mudanças no paradigma de mercados importantes - inclui o MacBook, o tocador digital iPod, a loja virtual iTunes, o iPhone e o iPad. A maioria destes produtos veio de ideias impostas pelo próprio Jobs. À revista “Fortune”, em 2008, Jobs falou sobre sua tão aclamada criatividade - "sempre aliada ao trabalho duro", como ele mesmo enfatizou. "Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que queriam, a resposta seria um cavalo mais rápido."
Nesta segunda passagem, Jobs reforçou ainda o legado de um empresário ímpar, que impunha uma visão holística na criação, desenvolvimento e venda de seus produtos, Do primeiro parafuso ao plástico que embalaria a caixa de cada aparelho, passando por custo, publicidade, estratégia de vendas.
Sigilo na vida pessoal
A mesma discrição que Jobs impunha na vida profissional - os lançamentos da Apple sempre foram tratados como segredo, aumentando a gerar um movimento de especulação que acabava servindo como publicidade gratuita - foi adotada em sua vida pessoal. Por isso, a luta do executivo contra o câncer no pâncreas foi tratada com muito sigilo, dando margem a uma infinidade de boatos.
Em 2004, Jobs fez tratamento após descobrir um tipo raro da doença. Durante o ano de 2008, Jobs foi aparecendo cada vez mais magro e os boatos aumentaram, até que ele anunciou em janeiro de 2009 seu afastamento da diretoria da empresa para cuidar da saúde. No início de 2011, novo afastamento, até que, em agosto, Jobs deixou de vez o comando da Apple. "Eu sempre afirmei que se chegasse o dia em que eu não fosse mais capaz de cumprir minhas obrigações e expectativas como CEO da Apple, eu seria o primeiro a informá-los disso. Infelizmente, este dia chegou", afirmou, em comunicado.
Steve Jobs apresenta o iPhone 4, em junho de 2010 (Foto: Robert Galbraith/Reuters)Steve Jobs apresenta o iPhone 4, em junho de
2010 (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
A vida reservada fez, por exemplo, que Jobs não tivesse contato direto com sua família biológica. Nascido em 24 de fevereiro de 1955 em San Francisco, filho dos então estudantes universitários Abdulfattah John Jandali, imigrante sírio e seguidor do islamismo, e Joanne Simpson, foi entregue à adoção quando sua mãe viajou de Wisconsin até a Califórnia para dar à luz.
Segundo o pai biológico, os sogros não aprovavam que sua filha se casasse com um imigrante muçulmano. Lá, ele foi adotado por Justin e Clara Jobs, que moravam em Mountain View. Seus pais biológicos depois se casaram e tiveram uma filha, a escritora Mona Simpson, que só descobriu a existência do irmão depois de adulta.
Do pai adotivo, herdou a paixão de montar e desmontar objetos. Assim como Paul, Steve não chegou a ser um especialista em eletrônicos, mas ao aprender os conceitos básicos conseguiu se aproximar das pessoas certas no lugar certo. Vivendo no Vale do Silício, conheceu Steve Wozniak, gênio criador do primeiro computador da Apple. Trabalhou na Atari até decidir criar, com Woz, sua própria empresa.
Em mais uma conexão com a contracultura, Jobs teria tido um relacionamento de curta duração com a cantora folk Joan Baez, ex-namorada do ícone da música Bob Dylan, talvez o maior ídolo do empresário.
Casado com Laurene Powell desde 1991, Jobs deixa quatro filhos: Reed Paul, Erin Sienna, e Eve, nascidos de seu relacionamento com Laurene, e Lisa Brennan-Jobs, de um relacionamento anterior com a pintora Chrisann Brennan.
Fonte: Globo.com

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Inscrições abertas para Marketing, Mídias sociais e Responsabilidade social usando Internet


Participa desta edição do curso a XP Investimentos, ensinando a investir na bolsa

06/10/2011

São Paulo – Sucesso total da terceira edição do curso Marketing, Internet e Mídias Sociais no seu novo formato fez que se monta-se mais uma turma para este evento, dessa vez no hotel Transamérica São Paulo no sábado 22 de outubro.
Entre os temas que serão abordados destacam os de Marketing na Internet, utilização das mídias sócias (Facebook,Orkut, Google, Twitter, Blog, etc.) de forma comercial, Planejamento de Marketing e Marketing de Responsabilidade Social. Este último assunto terá especial destaque já que durante o transcurso desse modulo se entregará o prêmio “Doadores da Esperança-2011” oferecido pela Perfectu e outras empresas parceiras para o projeto de Responsabilidade Social na área empresarial que estivesse melhor estruturado. Uma comissão formada por profissionais do setor e especialistas renomados em responsabilidade social foi quem avaliou quem deveria ser o ganhador do prêmio. O objetivo deste prêmio é fomentar que as pessoas, profissionais da e empresas façam ações socialmente responsáveis.
Desta vez o curso terá também uma breve apresentação da XP Investimentos mostrando a importância de aprender a investir na bolsa como forma de obter fundos para projetos de marketing e de responsabilidade social.
Durante este workshop os participantes aprendem no seu próprio lap top como montar seu blog e Facebook comercial, assim como a acessar alguns sites e portais que focam os temas do curso.
Os cursistas aprendem na prática a utilizar técnicas de Marketing e Vendas na Internet com foco empresarial, mas desde uma perspectiva ética e respeitando as diretrizes do Conselho Regional.
Durante o curso se oferecem dicas práticas sobre como montar estratégias e campanhas de Marketing na Internet, sites, disparos de emails ou mala direta para seus clientes, etc. Também se mostram cases, redes de Internet especificas para empresários, assim como links, diretórios, lojas virtuais, etc.
Quem não conseguiu comparecer nesse dia pode fazer o curso na Internet no campus virtual e escola de negócios Perfectu. Os interessados podem ver as fotos no Facebook e blog Perfectu, assim como procurar mais informação, nos sites e loja virtual da Perfectu (www.perfectuempresarial.com.br, www.lojavirtualperfectu.com.br). Também podem ligar para os telefones (011) 3774-3881/3774-3807.
Fonte: Perfectu news